Filme: Nation

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Com uma narrativa pouco explorada no filme, o mesmo tenta mostrar a falta de espaço que há para o País com apresentação do arranha-céu, podendo ser representado por todos os cidadãos, que moram em um local e não tem espaço suficiente para opinar. Como claro exemplo disso podemos observar a questão política do Brasil, a qual caminha conforme o melhor para os governantes, e a população enquanto isso se manifesta com greves e protestos, pois a sociedade esta corrompida pela impunidade e quando ações que expressem o chega nessa impunidade a primeira atitude é punir as ações de expressão e liberdade e não resolver os problemas apontados.

Ano: 2012

Direção: Larissa Sansour

Gênero: Ficção; Experimental

Filme Montanha em Sombra

mont em sombra

Um dos queridinhos dos cineastas é o festival Kinoforum, festival internacional de curta-metragens de São Paulo. Desde 2011 com edição em Curitiba, o festival traz diversos curtas.

Os Audiovisuais acompanham o desenvolvimento do mercado brasileiro, aproximando os filmes e vídeos dos festivais que se espalham pelo mundo. Após a exibição de cada sessão, são realizados debates sobre os filmes apresentados, com o intercâmbio de experiências culturais, econômicas e políticas relacionadas ao curta-metragem.

Hoje inicio a apresentação de quatro dos muitos filmes que tive o prazer de ver em Curitiba no Kinoforum.

Montanha em Sombra trazia somente o visual, sem a utilização de sons, optando por uma linha de moldura onde as imagens apareciam como se em uma tela de pintura.

O filme apresenta dois aspectos de semelhança: Um ao qual me chamou a atenção foi a semelhança das imagens vistas de longe com um formigueiro, onde as formigas saem incessantemente para procurar alimentos para sua sobrevivência e que visto de longe na imagem lembrava por similaridade, mas conforme a imagem se aproximava era apresentada a realidade de pessoas andando de um lado para o outro, o que retrata nossa vida caótica e agitada sem tempo para nada da atualidade, os lados de montanhas, sombra e claridade mostra como somos instáveis, como as circunstâncias nos modificam, fazendo as pessoas estarem hora bem ou mal e nos revelando nosso lado amigável e nosso lado ruim.

Este é um festival que vale a pena conferir, tanto em Curitiba quanto em São Paulo!

Direção: Lois Patiño

Ano: 2013

Gênero: Documentário

Filme O Grande Hotel Budapeste

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Uma obra belíssima, livremente inspirada em textos de Stefan Zweig, poeta e dramaturgo austríacoA trilha sonora de Alexandre Desplat é fascinante e conduz a história com delicadeza e humor. Esteticamente o filme apresenta detalhes muito especiais, a direção de arte impecável em cada detalhe, desde chaves compostas nas paredes até tapetes lembrando obras de arte; figurinos impecáveis que inclusive ganharam destaque no filme e levaram o oscar de melhor figurino e cenário que inclui fotografias estáticas para exemplificar as narrações e a riqueza de detalhes quando se trata do interior do hotel. Uma iluminação por vezes amarelada por se tratar de lembranças e em outras escuras ou claras, sempre compatíveis com as cenas . camêra enquadrada no personagem que aos poucos vai abrindo de acordo com as falas mostrando o cenário ao fundo e reforçando o papel do personagem que é um escritor cercado por livros em um escritório, tal escritor é Zero, o personagem que acompanha Gustave em sua jornada.

Um ponto importante se dá no bigode usado por Zero, desenhado de lápis preto mas que gera um erro de continuidade no filme, pois em momentos o personagem aparece com o bigode e nas cenas seguintes aparece sem e depois volta a utilizá-lo, mesmo em momentos em que não aparece pintando o bigode novamente.

Enfim um filme divertido, emocionante, confuso por vezes mas que vale a pena conferir, os atores estão impecáveis.

Ano: 2014

Direção: Wes Anderson

Gênero: Comédia; Drama; Policial

Filme Loucas pra Casar

loucas pra casar

Nem tudo é o que parece ser…

Uma comédia por vezes engraçada mas nada que faça morrer de rir com o filme. Loucas pra Casar conta com o auxílio de planos e ângulos mais fechados, closes em determinados momentos para deixar um clima mais próximo e íntimo e planos abertos para mostrar o espaço de cena e a visão dos personagens, suas perspectivas.

Algo que marca o filme é a trilha sonora escolhida, em inúmeras cenas é a música Happy. Do mesmo diretor de De pernas pro ar, o filme Loucas pra Casar traz um lado interessante do amor. Com roteiro fraco e sem muitas novidades, apresenta diversos clichês de clássicos filmes de romance ou comédia romântica e se sustenta no final com um desfecho inusitado.

Diversas mulheres se dividem entre casa, família, trabalho e amor e isso as faz serem muitas em uma só. Apresenta essa multiplicidade que há em cada uma de forma a se fazer refletir até que ponto o ser humano em geral se conhece e até que ponto ele sabe do seu potencial, o que realmente quer da vida, pontos fortes e fracos e de todas as personalidades que possui dentro de si, mostrando o conflito com o eu interior. O longa acerta na escolha do elenco que consegue segurar o filme até o final, contando com a reviravolta no roteiro.

Ano: 2015

Direção: Roberto Santucci

Gênero: Comédia

Filme Jogo de Cena

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Uma entrevista de alguém simples que parece pertencer a uma comunidade…

Uma atriz interpretando seu papel, encantando e emocionando com uma história dramática…

Um teatro vazio sem plateia mas com intensidade…

Em uma determinada parte do documentário Jogo em Cena, surge a atriz Andrea Beltrão, que divide a cena com aparentemente uma mulher real contando sua história dramática e Andrea interpretando-a. As atrizes tem a missão de representar os fatos que as pessoas falam no documentário, dividindo com o espectador, e as atrizes tentam transmitir a emoção dessas mulheres como se fossem elas mesmas.

Aonde vai a interpretação e a emoção? Quando a emoção toma conta do ator a ponto de não conseguir segurá-la e transmiti-la para o personagem?

Em meio a história emocionante de uma mulher real contada ao mesmo tempo pela interpretação de Andrea Beltrão, a mulher fala de sua história de forma serena e com muita fé, mas a interpretação fica envolvida pela emoção. A atriz sente o que a “Personagem” está sentindo e não consegue segurar as lágrimas, chorando como a mulher, sem contar que a personagem real da história conta os detalhes com emoção mas sem choro e a atriz não se segura ao ter noção das palavras que são emitidas.

A atriz Marilia Pera traz uma vertente interessante do trabalho do ator principalmente na televisão, onde as lágrimas são muito bem vindas e vistas como presente, pois é algo que os atores buscam constantemente para expressar sofrimentos, enquanto na vida real as pessoas em sua maioria tentam esconder pelo fato dos sentimentos serem muito profundos e dolorosos. A todo o instante do filme as atrizes falam para a câmera e para Eduardo Coutinho que as entrevistam.

Um brinde de emoções em cada história e um banho de imersão na vida de cada personagem e de cada atriz do sentimento traduzido no documentário; diversos fatos contados para entender que o real e ficcional se misturam mas que a essência pode ser sentida de forma real, que a emoção vivenciada pelas atrizes foi além da interpretação e que as mulheres que relatavam suas vidas na entrevista se abriam para descobrir algo sobre elas mesmas.

Jogo de cena traz as duas vertentes: até que ponto é real e até que ponto é fictício, pois se fossem atrizes desconhecidas talvez ao assistir achássemos que se tratava de um documentário sem interpretação, quando na verdade há interpretações intercaladas.

Direção: Eduardo Coutinho

Ano: 2007

Gênero: Documentário